ATA DA TRIGÉSIMA TERCEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA
TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM
20-4-2011.
Aos vinte dias do mês de abril do ano de dois mil e
onze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a
segunda chamada, respondida pelos vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato,
Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini,
DJ Cassiá, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, Idenir Cecchim, João Antonio
Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Mauro Pinheiro, Nilo Santos, Paulinho Rubem
Berta, Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença. Constatada a
existência de quórum, a senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos.
Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Alceu Brasinha, Dr. Raul
Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Emerson Dutra, Haroldo de Souza,
Luciano Marcantônio, Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Zacher, Pedro Ruas, Professor
Garcia, Sebastião Melo e Sofia Cavedon. À MESA, foram encaminhados: pelo vereador Alceu
Brasinha, o Projeto de Lei do Legislativo nº 032/11 (Processo nº 1151/11); pelo
vereador Bernardino Vendruscolo,
o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 002/11 (Processo nº 0992/11); pelo
vereador Beto Moesch, juntamente com a vereadora Maristela Maffei e os
vereadores Paulinho Rubem Berta e Tarciso Flecha Negra, o Projeto de Lei
Complementar do Legislativo nº 004/11 (Processo nº 0974/11); e pelo vereador
Elias Vidal, o Projeto de Lei do Legislativo n° 035/11 (Processo nº 1216/11).
Também, foi apregoado o Ofício nº 352/11, do senhor Prefeito, encaminhando o
Projeto de Lei do Executivo nº 018/11 (Processo nº 1510/11). Do EXPEDIENTE,
constaram: Ofício nº 1319/11, do senhor Jurandir Liberal, Presidente da Câmara
Municipal do Recife – PE –; Comunicados nos 290891, 290892, 290893,
290894, 290895, 290896 e 290897/11, do senhor Daniel Silva Balaban, Presidente
do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE. Durante a Sessão,
deixaram de ser votadas as Atas da Vigésima Primeira, Vigésima Segunda,
Vigésima Terceira, Vigésima Quarta, Vigésima Quinta e Vigésima Sexta Sessões
Ordinárias e da Primeira e Segunda Sessões Solenes. Em continuidade,
constatada a existência de quórum deliberativo, foi aprovado Requerimento de
autoria da vereadora Fernanda Melchionna, solicitando Licença para Tratar de
Interesses Particulares, do dia de hoje ao dia vinte e sete de abril do
corrente, tendo o senhor Presidente declarado empossado na vereança o suplente
Emerson Dutra, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Educação,
Cultura, Esporte e Juventude. Na ocasião, foi apregoada Declaração firmada pelo
vereador Pedro Ruas, Líder da Bancada do PSOL, informando o impedimento do suplente
Lúcio Barcelos em assumir a vereança no dia de hoje, em substituição à
vereadora Fernanda Melchionna. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os
vereadores Adeli Sell, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, este pela
oposição, Luiz Braz, Idenir Cecchim e João Antonio Dib. Na oportunidade, foi
apregoado o Memorando nº 009/11, de autoria do vereador Airto Ferronato,
deferido pela senhora Presidenta, solicitando autorização para que os
vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Carlos Todeschini, Dr. Raul Torelly,
Haroldo de Souza, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Nelcir Tessaro, Paulinho Rubem
Berta, Reginaldo Pujol e Tarciso Flecha Negra representem externamente este
Legislativo, hoje, em visita à Superintendência Regional da Empresa Brasileira
de Infra-Estrutura Aeroportuária – INFRAERO –, no Aeroporto Internacional
Salgado Filho, em Porto Alegre. Também, foi apregoado o Memorando nº 066/11,
firmado pela vereadora Sofia Cavedon, Presidenta da Câmara Municipal de Porto
Alegre, por meio do qual Sua Excelência informa a Representação Externa do
vereador Waldir Canal, hoje, na Sessão Solene da Assembleia Legislativa do
Estado do Rio Grande do Sul, comemorativa aos cento e setenta e seis anos de
instalação da Assembleia Legislativa, às quatorze horas, no Plenário 20 de
Setembro do Palácio Farroupilha, em Porto Alegre. Na ocasião, o vereador
Engenheiro Comassetto formulou Requerimento verbal, deferido pela senhora
Presidenta, solicitando alteração no pronunciamento efetuado por Sua
Excelência, em Comunicação de Líder. Após, foi votado Requerimento verbal
formulado pelo vereador Aldacir José Oliboni, solicitando alteração na ordem dos
trabalhos da presente Sessão, o qual recebeu oito votos SIM, oito votos NÃO e
uma ABSTENÇÃO, após ser encaminhado à votação pelos vereadores Aldacir José
Oliboni, João Antonio Dib e Sebastião Melo, em votação nominal
solicitada pelo vereador João Antonio Dib, tendo votado Sim os vereadores Alceu
Brasinha, Aldacir José Oliboni, Beto Moesch, DJ Cassiá, Elói Guimarães, Mauro
Pinheiro, Sebastião Melo e Toni Proença, votado Não os vereadores Bernardino
Vendruscolo, Elias Vidal, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, Luciano
Marcantônio, Luiz Braz, Mario Fraga e Mario Manfro e optado pela Abstenção o
vereador Engenheiro Comassetto, votação esta declarada nula pela senhora
Presidenta, em face da inexistência de quórum deliberativo. Na oportunidade,
por solicitação do vereador Idenir Cecchim, foi realizada verificação de
quórum, constatando-se a existência do mesmo, tendo-se manifestado a respeito os
vereadores Bernardino Vendruscolo, Professor Garcia e Luiz Braz. Após, em face
de Requerimento verbal formulado pelo vereador DJ Cassiá, a senhora Presidenta
prestou esclarecimentos acerca da ordem dos trabalhos da presente Sessão. Em
PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram, em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do
Executivo nos 016, 015/11, este discutido pelos vereadores
Engenheiro Comassetto, Sebastião Melo, Mauro Pinheiro e Alceu Brasinha, e
017/11, este discutido pelos vereadores Sebastião Melo, Mauro Pinheiro, Aldacir José
Oliboni e Alceu Brasinha. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os
vereadores Luciano Marcantônio e Emerson Dutra. Durante a Sessão, os vereadores
Airto Ferronato, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Aldacir José Oliboni e
Bernardino Vendruscolo manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Às
dezesseis horas e dez minutos, nada mais havendo a tratar, a senhora Presidenta
declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a
Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos
pela vereadora Sofia Cavedon e pelos vereadores DJ Cassiá e Toni Proença e
secretariados pelo vereador Toni Proença. Do que foi lavrada a presente Ata,
que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo senhor 1º Secretário e
pela senhora Presidenta.
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Informamos a V. Exª que, agora, às 15 horas, nós, da Comissão Especial
da Copa, temos um encontro na Infraero.
Já conversei com a Presidente Sofia no sentido de
que os Vereadores da Comissão que estiverem conosco nesse evento estarão em
representação.
Sairemos daqui às 14h30min.
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Ver. Airto
Ferronato, por gentileza, o senhor pode se dirigir à Mesa? (Pausa.)
O Sr. 1º Secretário procederá à leitura das proposições apresentadas à
Mesa.
O SR. 1º SECRETÁRIO (Toni Proença): (Lê as proposições apresentadas à Mesa.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): A Verª Fernanda Melchionna solicita Licença para
Tratar de Interesses Particulares no período de 20 a
27de abril de 2011. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam
o Pedido de Licença permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
A Mesa declara
empossado o Suplente, Emerson Dutra, que integrará a Comissão de Educação,
Cultura, Esporte e Juventude, em função da impossibilidade de o Suplente Lúcio
Barcelos assumir a Vereança.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Comunicamos que estamos saindo para assumir a responsabilidade que
temos; nós temos que estar às 15 horas na Infraero e não podemos esperar mais
do que cinco a sete minutos.
Então, aguardaremos o pronunciamento da Liderança
do PT e iremos para a Infraero, até porque tínhamos combinado que daríamos
quórum às 14 horas, para inverter a ordem dos trabalhos, às 14 horas. Nós vamos
à Infraero.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Vereador, o Presidente da Comissão estava aqui às
14 horas; o Vice-Presidente - Ver. Todeschini - e o Relator estavam aqui. Este
compromisso está anunciado há mais de um mês, e vamos cumpri-lo. V. Exª, por
gentileza, considere-me, daqui a cinco minutos, em representação externa.
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Está feito o registro, Ver. Pujol.
O Ver. Adeli Sell está com a palavra em Comunicação
de Líder.
O SR. ADELI
SELL: Meu caro DJ Cassiá, eu queria agradecer ao Ver. Mauro Pinheiro, Líder da
nossa Bancada, e aos meus colegas aqui presentes: Vereadores Oliboni,
Comassetto e Todeschini. A questão que eu venho levantar aqui é da maior
gravidade: está acontecendo algo muito grave com algumas pessoas da Brigada
Militar que, ao invés de cumprirem com o seu dever, estão extrapolando esse
dever e passando para o outro lado, na minha opinião.
Nós sabemos que na Vila Pinto há conflitos entre
duas gangues de traficantes: os Bragés e os Bala na Cara - estão nas páginas
dos jornais. O que não se admite é que, à uma da manhã, se pedalem em portas de
casas na Vila Pinto, e que brigadianos, sem o nome na farda, sem placas nos
carros, agridam uma criança de quatro anos de idade. O sujeito poderia até ser
um marginal, mas ninguém tem o direito de dar com uma pá nas costas de ninguém,
muito menos furar pessoas com armas brancas. Ninguém tem esse direito! Nós
lutamos contra a exceção no País, conquistamos a democracia, a liberdade, os
direitos humanos, ou, como o Dib gosta de dizer, direitos e deveres. O dever da
Brigada é zelar pelo bem-estar do povo, pela segurança do povo! E eu vou falar
hoje com o Coronel Sérgio, porque alguma coisa de podre existe em um pequeno
setor, identificado em três brigadianos que têm ido todas as noites,
sistematicamente, a algumas casas na Vila Pinto e batido em pessoas que não
devem nada para a Justiça.
O que eu trago aqui é da maior gravidade, porque
ontem, Ver. Dib, na minha frente, uma criança de quatro anos tremia, quando a
sua mãe contava o que aconteceu na noite anterior, na casa de pessoas que não
devem nada para a Brigada Militar, até porque conheço algumas famílias. E, na
Vila Pinto, quem conhece, sabe quem é traficante, quem é marginal, pois eles
andam com os carros à luz do dia ou de noite, quando querem, estão armados ao
entrar na Vila. A polícia sabe quem é marginal na periferia, sabe quem é
marginal na sociedade. Portanto, não precisa bater em inocentes!
Eu estou aqui para defender o meu Governo, o
Governo do Governador Tarso Genro, mas não quero saber de brigadiano que, como
no Rio de Janeiro, passou para o outro lado, como está mostrado no filme
recentemente exibido. Não é necessário pedalar casas de madrugada! Não é
preciso bater! E que se prendam os traficantes, que se prendam os ladrões! Mas
não é admissível, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, o que está
acontecendo! Não é admissível! Jamais fiz uma acusação leviana na minha vida! E
não faria nada contra a Brigada Militar, que eu defendo, como defendo a postura
do Coronel Sérgio, grande Comandante da Brigada Militar. Outro dia falarei
também sobre algumas coisas que estão acontecendo no “20” [20º Batalhão].
Principalmente os Vereadores da Zona Norte sabem, e
também já apareceu na televisão, que os jogos no Brasil são proibidos - nós
todos sabemos -, mas também é proibido pegar propina! É proibido também quebrar
máquina e pegar o dinheiro que está lá dentro! Portanto, eu quero dizer que não
é um desabafo e nem é uma metralhadora, porque as metralhadoras estão com os
bandidos, Ver. João Dib, e a polícia sabe quem as usa.
Nós estamos aqui para defender os cidadãos de bem. E se não estivermos aqui é
porque, como há pouco o Ver. Airto Ferronato anunciou, eu, o Ver. Todeschini e
outros estaremos na Infraero para conseguir que o Aeroporto Salgado Filho
esteja em condições de receber os aviões. Não pode haver atrasos em lugar
nenhum! Não pode haver problemas como os que estou aqui relatando! Tenhamos
todos uma boa tarde e uma Feliz Páscoa, caso eu não possa falar aqui novamente
até o final da tarde! Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Apregoo
representação da Comissão Especial de Apoio e Acompanhamento da Copa do Mundo
de 2014, que hoje estará em visita, nesta tarde, à Infraero, para verificar o
andamento das obras de ampliação da pista do Aeroporto Internacional Salgado
Filho. Membros: Ver. Adeli Sell, Ver. Carlos Todeschini, Ver. Haroldo de Souza,
Ver. Dr. Raul Torelly, Ver. Tarciso Flecha Negra, Ver. Nelcir Tessaro, Ver.
João Carlos Nedel, Ver. Paulinho Rubem Berta, Ver. Luiz Braz, Ver. Reginaldo
Pujol, Ver. Airto Ferronato.
Apregoo representação
do Ver. Waldir Canal, que estará representando esta Presidência na Sessão
Solene Comemorativa aos 176 anos de Instalação da Assembleia Legislativa, que
acontecerá nesta tarde, às 14 horas.
O Ver. Elói Guimarães
está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, Ver.
DJ Cassiá, estou na tribuna para registrar, em nome da Bancada do PTB - em nome
de V. Exª, do Ver. Nilo Santos, do Ver. Nelcir Tessaro, Ver. Brasinha -, para
os Anais, o aniversário de nascimento do ex-Presidente Getúlio Vargas. Comparecemos
a São Borja, juntamente com o Ver. Nilo, representando a Bancada; o Diretório
Regional, o seu Presidente, o Deputado Lara; também estava presente a Direção
Nacional do Partido, na figura do ex-Deputado Roberto Jefferson. E lá,
Presidente DJ Cassiá, prestamos todas as homenagens que a figura maior da
Pátria faz jus pelo que ele representou.
Getúlio Vargas nasceu em 19 de abril de 1883;
portanto, ontem, se vivo estivesse, estaria completando 128 anos. Falar em
Getúlio Vargas é falar da própria história brasileira; a administração de
Vargas, a sua ação confunde-se com a história brasileira. Se examinarmos o
contexto, e fundamentalmente a Revolução de 1930, que foi, inquestionavelmente,
o maior acontecimento político, político-militar e sociológico da história da
vida brasileira, poderíamos dizer que a história brasileira se divide até 1930
e após 1930, quando Vargas assume o Poder. Gostaria de citar aqui as suas
realizações, os seus feitos, mas evidentemente o tempo não permite, porque a
obra do Presidente Getúlio Vargas foi grandiosa.
O Presidente Getúlio Vargas criou o Partido
Trabalhista Brasileiro, e nós, trabalhistas, temos como uma espécie de
mandamento, diríamos até religioso, de, do nascimento à morte de Vargas,
prestar-lhe homenagens. Aliás, para nós, trabalhistas, Ver. DJ, é dever, nós
fazemos de ofício essas homenagens. Assim prestamos, lá em São Borja, no
mausoléu de Vargas, a homenagem que a história lhe corresponde. Então, 1930 é
um marco na história brasileira, porque Vargas, a partir desse ano, retira o
Brasil do meio oligárquico e rural e o transforma num País em desenvolvimento,
através das indústrias de base. Cria a Petrobras; e dissemos, lá no Mausoléu de
Vargas: Getúlio joga cem anos à frente, porque é um grande estadista. Não fora
a Petrobras, não teríamos o Pré-Sal, que amanhã haverá de colocar o Brasil
dentre as maiores nações.
Portanto, o objetivo, neste curto espaço, é
exatamente registrar o nascimento do grande estadista latino-americano que foi
Getúlio Vargas, que concebeu, no plano social, todo esse conjunto de leis -
para não falar na CLT -, as garantias ao trabalhador, o voto à mulher; enfim,
desenvolveu este País, criou as condições fundamentais para que o Brasil
tivesse hoje a importância que tem no cenário internacional.
Portanto, Presidente, queremos fazer este registro,
em nome do Partido Trabalhista Brasileiro, à imortal figura do nosso ídolo maior,
que é Getúlio Vargas. Obrigado, Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Ver. Sebastião Melo.
O SR.
SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, com a permissão de V. Exª, até
porque daqui a pouco pode encerrar a Sessão, eu quero fazer um convite aos meus
colegas Vereadores, em meu nome e em nome de todos os demais Partidos da cidade
de Porto Alegre. Nós temos nos reunido, há algumas semanas, para constituir um
fórum em defesa do debate da reforma política. E no dia 29, no Chalé da Praça
XV, nós vamos lançar a programação, e a Senadora Ana Amélia vai tomar um café
conosco lá. Então, eu estou aqui em nome do Adeli, em nome do Canal, em nome do
Mario Manfro, em nome de todos os Partidos! São 13 partidos aqui na Câmara, e
eu queria convidar cada um dos senhores e das senhoras, para que fizessem, com
os seus Partidos, a reserva para o café da manhã, porque o espaço é limitado,
para assistir o debate com a nossa querida Senadora Ana Amélia, dia 29, às 9h
da manhã, no Chalé da Praça XV.
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Está feito o registro, Ver. Sebastião Melo.
O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra
para uma Comunicação de Líder, pela oposição.
(A Verª Sofia Cavedon assume a presidência dos trabalhos.)
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Ver. DJ Cassiá; Verª Sofia, nossa Presidente;
venho aqui, em nome da oposição, falar sobre o tema que está previsto para
votarmos hoje. Como saiu do Plenário um grande número de colegas Vereadores,
justamente no momento da Ordem do Dia, nós não temos a garantia de que haverá
quórum para entramos na Ordem do Dia. Mesmo assim, quero aqui fazer um registro
sobre o papel desta Casa, sobre o papel que o Município precisa desenvolver e
no qual deve estar na vanguarda, que é o tema da inclusão.
As Pessoas Portadoras de Deficiências e suas
entidades, que estão aqui hoje, vêm construindo esse tema pelo menos desde o
primeiro dia em que cheguei a esta Casa, lá em 2004, 2005, mas anteriormente já
existia esse debate. Quando fui presidente da Comissão de Direitos Humanos,
iniciamos esse debate, e está ali o Valtinho, que participava naquela época,
entre outros. O Ver. Guilherme Barbosa, que me sucedeu, deu continuidade e
elaborou um projeto de lei, e o Ver. Aldacir Oliboni tem todo um debate com o
segmento. A Verª Sofia acolheu o tema, e hoje o Projeto está na Ordem do Dia
para votarmos. Mas tudo isso foi feito com um conjunto de outros colegas
Vereadores, não é exclusividade desses que debateram esse tema, é um tema da
Cidade.
O tema da inclusão, além de ser um direito
inquestionável, um direito universal, já está inserido na nossa legislação
federal, que determina que os Municípios executem. Nós, o Município de Porto
Alegre, estamos atrasados sobre a questão da legislação, mas não devemos nos
comparar com outros Municípios que nada fizeram.
Tivemos o prazer de, lá na CUTHAB, Ver. Oliboni, a
Comissão de que participo, ser o Relator do Plano Diretor de Acessibilidade;
estamos fazendo um amplo debate sobre o tema. Nesse sentido, em nome da Câmara,
já quero convidar todos aqui presentes a uma Audiência Pública, nesta Casa, na
próxima quinta-feira, para tratar sobre o tema da inclusão, da acessibilidade,
da Saúde.
O trabalho em discussão, hoje, nesta Casa, com
possibilidade de ser votado, trata da inclusão, no Código Municipal de Saúde,
de um conjunto de itens relacionados ao direito à Saúde e ao seu tratamento, à
assistência social, entre outros. Nesse sentido, em nome das nossas Bancadas,
quero cumprimentar o Sr. Clemente Viscaíno e o Sr. Geraldo Niederauer,
representando a Associação dos Amigos, Parentes e Portadores de Ataxias
Dominantes; a Srª Antônia Batista Pinheiro e sua equipe, representando a
Associação Rita Yasmin; a Srª Miriam Teresinha Pinheiro da Silva, representando
o Conselho Regional de Fonoaudiologia; A Marisa Alberton, representando a
Pastoral do Menor da CNBB; o Movimento pelo Fim da Violência e Exploração
Sexual de Crianças e Adolescentes do RS; o Comitê Estadual de Enfrentamento à
Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes no RS; o Sr. Casemiro Olejenik
Filho e a Srª Marilu Mourad Perom, representando a FADERS, um trabalho do
Governo do Estado nessa área; o Sr. Dilceu Junior, da Condepa; o Guilherme
Duarte, da Kinder; o José Leite Silva e vários outros lutadores que aqui estão.
Então, quero cumprimentá-los, porque Porto Alegre precisa continuar avançando
no tema da inclusão.
Para concluir, Srª Presidente, após citar essas
entidades, em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, composta pela Verª
Sofia, Ver. Mauro Pinheiro, Ver. Aldacir Oliboni, e dos demais que tiveram de
sair; também em nome da Bancada do PSB e do PSOL, quero afirmar que este é um
trabalho que discutiremos em toda a Casa. A nossa intenção seria votar o
Projeto hoje, mas em função de muitos colegas terem se retirado para ir tratar
de um tema na Infraero, também um tema nobre, não sei se teremos quórum. Mas o
debate continua, e, na quinta-feira que vem, teremos uma Audiência Pública para
discutir o tema da inclusão na cidade de Porto Alegre, com o Plano Diretor de
Acessibilidade. É o tema das calçadas, é o tema dos prédios públicos, dos
prédios privados, é o tema dos estacionamentos, é o tema da falta de respeito
na cultura popular às pessoas com deficiência.
Então, um grande abraço a todos, e muito obrigado.
(Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Engenheiro Comassetto, em Requerimento,
solicitou a troca do nome da representante do Conselho Regional de
Fonoaudiologia.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. LUIZ
BRAZ: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e
senhores, eu acredito que houve um equívoco por parte de alguns Vereadores aqui
desta Casa, porque, em um dia muito importante para se discutirem projetos e a
vida da Cidade, saíram em grupo para ir até a Infraero. Mas, afinal de contas,
esse é um problema que a Presidente da Casa, eu acho, tem que tratar com
seriedade, porque a quarta-feira tem que ser reservada para os debates aqui do
Plenário.
Esse grupo foi lá para saber a respeito dos atrasos
das obras para a Copa do Mundo, porque esse grupo que saiu para ir até lá está
preocupado com a Copa do Mundo! Hoje, saiu uma notícia, Ver. Elói Guimarães,
que realmente tem que ser analisada por nós, porque o IPEA - Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada - e o Tribunal de Contas da União disseram que as
obras para a Copa do Mundo estão atrasadas. E realmente estão! Eu até acredito
que a obra da duplicação da Av. Tronco não vai sair antes da Copa do Mundo;
acho muito difícil aquela obra sair antes da Copa do Mundo.
Mas, na contramão desses dois Institutos - o
Tribunal de Contas da União e o IPEA -, que são dois Institutos sérios, vem o
Ministro Gilberto Carvalho e diz que o integrante do IPEA, que deu essa
declaração, deve ter reunido recortes de jornal para poder se basear e falar o
que falou. Ora, eu fui pesquisar para ver quem era Gilberto Carvalho, porque eu
sabia que ele havia sido assessor direto, foi Chefe de Gabinete do então
Presidente Lula, e encontrei várias coisas a seu respeito. Entre elas, há uma
coisa que realmente recomenda muito mal esse cidadão, e eu não sei como alguém
assim pode ser Ministro! A notícia diz assim, Ver. Elói Guimarães, Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras: “(...) ele volta à cena, com a decisão
da Justiça de tornar réus o PT e Gilberto Carvalho [isso é notícia daquela
época], atual chefe de gabinete do Presidente Lula, num processo em que são
acusados de participar de quadrilha que achacava empresas de transportes do
município. Para onde ia a propina arrecadada?”
Isso aqui fala sobre Santo André e sobre o Prefeito
de Santo André, que foi assassinado, e a família do Prefeito, para fugir das
perseguições, teve que se mudar do Brasil! A família teve que sair do Brasil,
para fugir dessa quadrilha de que participava esse tal de Gilberto Carvalho, e
esse cara agora é Ministro! E, quando pessoas sérias, ilibadas... Porque,
afinal de contas, para entrar no IPEA, não é fácil, e o trabalho que faz o
Tribunal de Contas da União também é muito sério.
Ora, querer contrapor-se ao que disseram esses
institutos, que falaram que as obras estão atrasadas, e, se continuar assim,
nós vamos passar vergonha quando chegar a Copa do Mundo! Esse Gilberto
Carvalho, que era participante de quadrilha, de acordo com a notícia que eu
vejo nos jornais, diz que o cara o IPEA - que deve ser um especialista naquilo
que está falando - fala através de recortes de jornais. E que, de repente, o
Tribunal de Contas da União também não é digno de crédito por parte de todos
nós.
Ora, acho que nós estamos muito mal servidos de
Ministros, a começar por esse. Quando começamos a analisar os Ministros que
estão aí envolvidos no planejamento da vida dos brasileiros, a gente tem de ter
ciência, tem de ter noção de quem são essas pessoas. E esse Gilberto Carvalho não
é ninguém recomendável, tanto é que estava envolvido naquele processo de
achaque de dinheiro, em Santo André; e, infelizmente, a família do Prefeito
morto teve de sair correndo da cidade para fugir às perseguições.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE
(Sofia Cavedon): Ver. Aldacir Oliboni, ouço Vossa Excelência.
O SR. ALDACIR
JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Verª Sofia Cavedon; nós percebemos que dificilmente
teremos quórum hoje para votar o Projeto das PcDs, de sua autoria. E, a pedido
das entidades que estão aqui, estou propondo que V. Exª e os demais Vereadores
que queiram acompanhar, recebam as entidades em sua sala, na sala da
Presidência, para que eles possam expor o que foi consensuado no Projeto de
Lei, e que se marque, então, uma mobilização, um espaço mais garantido na
segunda-feira. É um pedido das entidades para que possam conversar com V. Exª e
com a Mesa Diretora, enquanto os trabalhos continuam aqui no plenário. Muito
obrigado.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Aldacir Oliboni. Nós no manteremos
firmes aqui; acredito que o grupo irá voltar, e pretendemos entrar na Ordem do
Dia. Mas, se não acontecer, faremos uma reunião. Quero registrar a presença da
Escola da APAE de Porto Alegre. Queremos agradecer a presença dos alunos, dos
professores que estão interessados e empenhados, acompanhando a votação, além
das entidades já nominadas. Sei que a Escola da APAE tem horário também.
O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, o Ver. Luiz Braz
levantou nesta tribuna um assunto muito interessante e de grande contradição.
Se o Ministro Gilberto Carvalho tivesse razão, todos os Vereadores que estão
representando a Câmara em plena quarta-feira, único dia de votação nesta Casa,
não teriam que ter ido lá na Infraero para saber notícias sobre o atraso da
obra do Aeroporto. Cumprimento V. Exª, Ver. Luiz Braz, porque tocou no assunto
do dia, no dia em que se vê uma grande contradição aqui mesmo na nossa Casa.
Dez ou onze Vereadores estão indo à Infraero para saber por que estão atrasadas
as obras, mas o Sr. Gilberto Carvalho acha que não. O Tribunal de Contas da
União diz que ele está errado, e o Gilberto Carvalho diz que não está errado.
Quanto àquela quadrilha, eu não tenho muitos dados técnicos, mas eu também acho
que nem o Lula teve coragem de colocar esse senhor de Ministro, colocou-o na
antessala, e agora ele está poderoso. Olha, a Dilma está fazendo uma tropa de
choque também, não era só o Sarney naquele centrão! A Dilma está fazendo uma
tropa de choque que olha lá! O nosso Vice-Presidente, Michel Temer, comporta-se
como um Vice-Presidente.
Eu quero dizer também que eu estava escutando o
Ver. Adeli Sell reclamar da Brigada Militar. Acho que ele está um pouquinho
equivocado, o nosso brilhante Vereador. Um dia em que uma colega dele apanhou
da Brigada, ele não falou nada. Agora, quando o Governador era o Germano
Rigotto, a Brigada batia o pé no chão, e ele reclamava para o Governador;
quando a Yeda era Governadora, qualquer coisa na Brigada, o Ver. Adeli Sell e o
PT atribuíam a culpa para a Governadora. E agora a Brigada vai lá na vila onde
o Vereador faz muitos votos, e ele reclama da Brigada. Não é para a Brigada,
Ver. Adeli Sell; é para o Governador Tarso Genro que V. Exª tem que reclamar. É
para o Governador Tarso Genro, que está se mostrando truculento. Aliás, ele
tinha a Polícia Federal e fazia isso tudo, mas era a Polícia Federal, e ele era
o Ministro da Justiça. Agora, ele é Governador do Rio Grande do Sul, e a
Brigada está sob as ordens diretas dele; então tem que reclamar para o
Governador Tarso Genro. A Brigada Militar é profissional, trabalha subordinada,
vamos deixar isso claro: cada um reclama onde tem que reclamar. Mas não dá para
ser incoerente. Então, com todo o respeito que eu tenho - e eu não quero que
apanhem indevidamente, ninguém merece ser constrangido, eu concordo com isso -,
reclamar para a Brigada? Não; tem que reclamar para o Governador, que é o
comandante da Brigada Militar! Ele é o único responsável por isso.
Quero dizer, também, que nós, Vereadores, façamos
um mutirão aqui, para, pelo menos nas quartas-feiras, ajustarmos as agendas.
Quarta-feira é o dia de votação! Então, Presidente, nós precisamos reunir as
Lideranças, todos os Vereadores, as Comissões Permanentes, para que a
quarta-feira seja respeitada, pois nós estamos aqui, não são cinco ou seis
Vereadores; e quem disse que nós vamos esperar os que foram para o Aeroporto?!
Se for dia de votação na Ordem do Dia, tem que ter votação na Ordem do Dia, não
tem que esperar ninguém! Se não houver quórum aqui, eu vou pedir verificação de
quórum no momento em que não houver! Então, vamos acertar as agendas. São 36
Vereadores, todos eles com a mesma representatividade, todos eles responsáveis,
mas nós temos que fazer um mutirão para respeitar pelo menos o dia de votação,
algo que nós não estamos fazendo. Obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, meus senhores e minhas senhoras, eu fico impressionado com as
coisas que acontecem aqui na Casa do Povo de Porto Alegre. Acertamos na Reunião
de Mesa e Lideranças a convocação de um Secretário, mas depois a data foi
mudada aqui no Plenário, sem que se saiba por quê. E a Sessão de hoje é uma
Sessão sui generis: iniciaram a
Sessão - V. Exª não estava presidindo naquele momento -, o Presidente em
exercício chamou as Lideranças e acertou que entraríamos direto na Ordem do
Dia, sem Comunicações de Liderança - eu até estou contrariando aquilo que eu
acordei, que não se falaria em Comunicação de Líder e se entraria imediatamente
na Ordem do Dia. Mas, logo em seguida, o que aconteceu? A retirada da Comissão,
composta de 11 Vereadores, que tratará com a Infraero sobre o atraso nas obras
do Aeroporto. Nós vamos resolver isso aí. Eu até posso me vangloriar um
pouquinho sobre a matéria da Vila Dique, porque eu era Prefeito quando ela
estava se instalando, e me pediram que eu colocasse água lá. Eu disse que água
não, porque eles não vão sair mais de lá. Aí adquiriram direitos. E foram
deixando lá, agora há problemas.
Então, a nossa Comissão não vai resolver nada, mas
saíram onze Vereadores para tentar. Agora o Ver. Aldacir José Oliboni pede à
Presidente que vá ao Salão da Presidência e receba uma comissão de pessoas com
dificuldades. Eu acho justo, mas já não temos quórum.
Enquanto nós vamos decidir com a Infraero, está na
Ordem do Dia de hoje a Reunião Conjunta das Comissões, para tratar da
contratação de 221 médicos para a cidade de Porto Alegre, para o Hospital
Presidente Vargas, e nós, evidentemente, não temos quórum. Se for chamada a
Ordem do Dia, agora, encerra-se a Sessão, porque não há 19 Vereadores no
Plenário. Eu não consigo entender. Quarta-feira é o dia de nós votarmos! É o
dia que nós colocamos para isso, porque não há Comunicações, não há Grande
Expediente nem Tribuna Popular; tudo para que nós possamos votar. E o que vai
acontecer hoje? Nós não vamos votar hoje, amanhã é feriado e sexta-feira não
tem Sessão. Segunda-feira eu não sei o que vai acontecer, mas, de qualquer
forma, eu preciso registrar a minha tristeza de ter sido acordado que as
Lideranças não falariam, e falaram quase todos os Partidos, inclusive, a
Liderança da oposição. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Srª Presidente, eu quero concordar com os
Vereadores. Só que para nós que estamos aqui, de repente, fica chato. A
população precisa saber que nós estamos presentes. Só isso! Que, por favor, se
fizesse esse reparo, sem fazer crítica aos Vereadores, porque, o que eles
falaram, é verdade.
O SR. ALDACIR
JOSÉ OLIBONI (Requerimento): Srª
Presidente, solicito a inversão da ordem dos trabalhos, para que possamos,
imediatamente, entrar no período de Pauta. Após, retornamos à ordem normal. Até
porque nós precisamos esclarecer à opinião pública, aos cidadãos que estão aqui
que ainda há esperança de votar esse Projeto.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Srª Presidente, solicito que seja feita, neste
momento, verificação nominal de quórum.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Já havia um
Requerimento, Ver. Idenir. Podemos colocar em votação, primeiramente, o
Requerimento que solicita a inversão da ordem dos trabalhos. Os Srs. Vereadores que concordam em
entrarmos no período de Pauta...
(Manifestação fora do
microfone. Inaudível.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Vai dar no
mesmo... Nominal... Está bem. Solicito a abertura do painel para...
(Manifestação fora do
microfone. Inaudível.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Desculpem-me.
A nossa Assessora me lembrou que o Ver. Oliboni pediu para encaminhar o
Requerimento.
Em votação o Requerimento
de autoria do Ver. Aldacir José Oliboni. (Pausa.) O Ver. Aldacir José Oliboni
está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento, de sua autoria,
que solicita a inversão da ordem dos trabalhos.
O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre
Presidente, Verª Sofia Cavedon; colegas Vereadores, Vereadoras, público que
acompanha a nossa Sessão no dia de hoje, eu estava ouvindo atentamente a
manifestação do Líder do Governo, Ver. João Antonio Dib, que falava de dois
Projetos importantes aqui, um deles acordado, inclusive, na Mesa Diretora,
sobre Reunião Conjunta de Comissões para tratar de um Projeto da área da Saúde,
para o qual, inclusive, o Requerimento de Urgência é deste Vereador. Um outro
pedido é um acordo feito com a Presidente, com os Líderes e com todas as
entidades que estão aqui para votar hoje o Projeto que discute a questão da
saúde dos PcD - Pessoas com Deficiência. Causou surpresa, para nós, no momento
da Sessão, termos aqui uma Comissão que se deslocaria para representar a Câmara
- aprovado aqui - para discutir a questão do Aeroporto Salgado Filho. Então,
vejam só, existem algumas frustrações aqui e é preciso nós termos certo bom
senso: a base do Governo tem que dizer, na verdade, o que o Governo quer. Ouvi
o Ver. João Antonio Dib fazer uma crítica, dizendo que os Vereadores não estão
presentes. Ao mesmo tempo, ouvi o Ver. Cecchim solicitando, em seguida,
verificação de quórum. O Governo quer que nós votemos ou o Governo quer retirar
o quórum do plenário? Nós queremos trabalhar, com certeza, ao menos aqueles
Vereadores que aqui estão, porque é justo que nós, que aqui estamos, possamos
discutir a Pauta, podemos querer entrar na Ordem do Dia e votar. Mas
me parece, também, que há uma grande confusão com relação ao Projeto dos PcDs,
que eles preferem, antes, conversar com a autora do Projeto e com os
Vereadores, para saberem, de fato, se os pareceres foram favoráveis, se houve
alguma emenda, se melhorou o Projeto, para podermos dizer que esse Projeto,
sim, é importante para eles, para a Cidade e para todos nós, de certa forma,
dizer que estamos contribuindo com a política de saúde dos PcDs em Porto
Alegre.
Eu tenho certeza de que o Governo não será contra,
porque é um Projeto bom, inclusive ele já deu aval para votar o Projeto de Lei,
hoje.
Então, realmente, eu percebo que a base do Governo
está confusa, é melhor fazermos um acordo para votarmos na segunda-feira, mas
não deixar que aqueles, que aqui estão, saiam frustrados daqui. É nesse sentido
que eu faço esse encaminhamento do Requerimento, porque se votarmos
favoravelmente a este meu Requerimento, o que vai acontecer? Nós vamos discutir
a Pauta, são seis Vereadores que vão ter a palavra, totalizando 30 minutos. São
os 30 minutos que a Presidente pode ter para articular com as Lideranças um
possível acordo para a votação das matérias.
Por isso faço este Requerimento e o apelo para
invertermos a ordem dos trabalhos no dia de hoje. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra
para encaminhar o Requerimento de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que solicita
a inversão da ordem dos trabalhos, passando primeiramente à Pauta.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Srª Presidente, eu estou inscrito, mas o Ver.
Idenir Cecchim solicitou verificação de quórum; então, V. Exª decide.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para
encaminhar o Requerimento de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que solicita a
inversão da ordem dos trabalhos, passando primeiramente à Pauta.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs.
vereadores, meus senhores, minhas senhoras, em primeiro lugar, com profundo
respeito que dedico a V. Exª, quero dizer que a verificação de quórum tinha
precedência à votação do Requerimento. Portanto, o tempo foi usado para fazer
discussões que não são as que interessam. Foi falado no Projeto de V. Exª, e eu
já fiz um questionamento: faz-se um imenso Projeto, muito bem-intencionado, mas
esqueceram de dizer de onde virão os recursos; por conta de qual rubrica
correrá o Projeto apresentado? Fazem muitos discursos.
Eu acho que nós tínhamos que ter feito,
imediatamente, a verificação de quórum, uma vez que na tribuna não tinha
Vereador quando foi feito o Requerimento. Se tivesse
Vereador na tribuna, teria que ser respeitado. Então, eu peço desculpas a V.
Exª, mas acho que houve uma pequena falha e eu sei que não foi intencional.
Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver.
Dib, por sua gentileza. Eu entendi que ao solicitar o Requerimento, de fato, o
Ver. Oliboni iria encaminhar a votação do Requerimento, e o Ver. Idenir pediu
verificação de quórum... Corrigirei, então, a ordem, e vou abrir o painel para
a verificação de quórum. Vou corrigir, Vereador, vou aceitar a sua crítica e
corrigir. Vamos considerar que já houve o encaminhamento do Ver. Oliboni; se
depois votarmos a inversão, aí já está encaminhado, Ver. Oliboni. Lembrando
que, com doze Senhores Vereadores e Senhoras Vereadoras, nós mantemos a
discussão.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Srª Presidente, é só
para entendimento deste Vereador. V. Exª vai fazer primeiro a verificação de
quórum?
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Exato.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Caso tenha o quórum
vai fazer a votação da inversão?
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A votação da
inversão. Exato.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Pois não!
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Solicito a
abertura do painel eletrônico para verificação de quórum, solicitada pelo Ver.
Idenir Cecchim. (Após o fechamento do painel eletrônico.) Com dezesseis
Vereadores presentes, há quórum. Continuaremos o encaminhamento da inversão de
ordem.
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO (Requerimento): Senhora Presidente, faço um Requerimento para uma correção da minha
fala. Eu citei o nome trocado da representante do Conselho Regional de
Fonoaudiologia. Então, a representante é a Miriam Teresinha Pinheiro da Silva.
Peço que as nossas notas taquigráficas sejam corrigidas. Muito obrigado.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Para registro.
O SR. LUIZ BRAZ: Senhora Presidente,
V. Exª fez a verificação de quórum, em meio a uma votação, porque nós estávamos
votando um Requerimento. Então, 16 Vereadores não eram suficientes para que nós
pudéssemos ter o quórum necessário, porque o quórum era de 19 Vereadores. Acho
que V. Exª, quando deu o resultado, estava equivocada com relação ao resultado.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Luiz
Braz, é um formalismo. Eu acolho a sua observação. Não estávamos em votação,
estávamos em encaminhamento. Eu, na verdade, retornei à ordem, admitindo que
devia ter feito a verificação de quórum antes, mas temos agora, Ver. Braz, 21
Vereadores presentes. Lembro, a V. Exª e a todos nós, que temos o compromisso
da criação dos cargos da Saúde.
O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidente,
apenas é uma questão regimental. Nós não temos encaminhamento em requerimentos
dessa ordem; temos, na verdade, só os encaminhamentos para votação. Nós já
estamos em votação. Quando se vota um requerimento, nós não temos discussão;
temos todo o processo já de encaminhamento e votação.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Braz, V.
Exª lembra a discussão do IMESF em que tínhamos encaminhamento de requerimento
de dispensa de Parecer? Agora, estamo-nos aprimorando no preciosismo do nosso
debate.
O Ver. Bernardino
Vendruscolo desiste do seu encaminhamento.
Continuamos, então,
encaminhando o Requerimento da inversão da ordem dos trabalhos.
O Ver. Sebastião Melo
está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento, de autoria do
Ver. Aldacir José Oliboni, que solicita a inversão da ordem dos trabalhos,
passando primeiramente à Pauta.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidente,
colegas Vereadores, colegas Vereadoras, eu me senti no dever de vir a esta tribuna,
porque creio na boa-fé do Ver. Oliboni; um homem religioso, e, especialmente na
Semana da Páscoa, ele está com mais religiosidade. E, pela sua forma de falar,
fica parecendo que aqui há quem quer trabalhar e quem não quer trabalhar.
Aliás, isso é típico do PT, que bate e assopra ao mesmo tempo; um dia ele bate
no Prefeito; outro dia, ele assopra.
Às vezes, em matéria
de Saúde, eu não sei se é Líder do Governo o Ver. João Dib ou se é o Oliboni.
Às vezes, há confusão nessa matéria, quando votamos a matéria.
Vossa Excelência tem
toda a razão. Nós, aqui, Ver. Cecchim, vamos criar condições para que o Governo
faça concurso para 221 servidores na área da Saúde. Estou falando de concurso,
não estou falando de CC, viu Oliboni? Com relação à CC, V. Exª é especialista
lá no Piratini, aqui estamos falando de concurso público. Então, é importante
votar essa matéria, Srª Presidente. Quando a Casa quer votar, ela tem como
votar; se quiser votar essa matéria, convoca uma Sessão Extraordinária para
votar o Parecer.
Srª Presidente, se quiser votar, vamos votar, vamos
abrir uma Sessão Extraordinária e vamos votar a matéria do Governo, juntando as
duas Lideranças do Governo: a Liderança do Governo, representada pelo Ver. João
Dib e o “Vice-Líder do Governo na área da Saúde”, que é o Ver. Oliboni. Faz
muito bem, Ver. Oliboni, porque se for enviado para cá um Projeto para a
criação de 500 cargos na área da Saúde, eu quero dizer que vou votar com
louvor. É para concurso público!
Agora, Ver. Cecchim, há um velho ditado que diz: na
confusão, morre gente; na procissão, não morre ninguém! Na verdade,
estabeleceu-se que a Comissão Externa, comandada pelo Ver. Ferronato, teve como
grande causador - V. Exª tem razão - o Gilberto Carvalho, e o Álvaro Dias foi
quem causou esse desfalque, por quê? Porque estava tudo certo.
Eu não conheço isso - só no nosso amado Brasil -,
Ver. DJ Cassiá: empresas que cumprirem os contratos da Copa, ganharão prêmio!
Se cumprirem o contrato das obras da Copa, terão prêmio!
Volto ao Requerimento. Apenas estou “costeando o
alambrado” para voltar ao Requerimento. Então, com relação ao Requerimento de
V. Exª, acho que está bem. Teremos as Comunicações. Há três Projetos na Pauta,
como a criação da Secretaria Especial dos Direitos Animais.
Aliás, Srª Presidente, para voltar ao Requerimento,
há uma matéria aqui que envolve concessões de transporte público, que é muito
complexa, muito profunda e precisa ser debatida nesta Casa - como sempre é
feito -, e com muita responsabilidade.
Para tudo há interesse; agora, há uma Lei aqui que
modifica a questão dos lotações e que vai oportunizar também essa discussão.
Agora, quero dizer o seguinte:
99% das concessões no Brasil inteiro são precárias. O PT ficou 16 anos para
resolver isso e não quis resolver, ou não pôde resolver. Agravou!
Eu quero dizer que vou votar pela
inversão, sem ter consultado a minha Bancada. Se for do seu entendimento, que
V. Exª convoque uma Sessão Extraordinária, e vamos votar o Parecer
do Ver. Cecchim, que fez o Parecer sobre a criação dos cargos para o concurso
público, evidentemente. Então, agradeço a V. Exª, e saúdo especialmente os
nossos visitantes que nos honram com as suas presenças aqui na Casa. Muito
obrigado.
(Não revisado
pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não há mais Bancadas para encaminhar. Em votação nominal, solicitada
pelo Ver. João Antonio Dib, o Requerimento, de autoria do Ver. Aldacir José
Oliboni, que solicita a inversão da ordem dos trabalhos. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) Com a presença
de 16 Srs. Vereadores e Sras Vereadoras,
não temos quórum para deliberar sobre o seu Requerimento, Ver. Aldacir José
Oliboni.
Há uma dúvida: encerramos a
Sessão, passamos para a Pauta, ou chamamos a Ordem do Dia? O Diretor Luiz
Afonso me informa que passamos direto para a Pauta, enquanto ele busca mais
detalhes na base no Regimento. Saliento que com 12 Vereadores temos condições
de discutir a Pauta, porque equivale a conferir a chamada para a Ordem do Dia.
Srs. Vereadores, já saltamos a Ordem do Dia, e, de
fato, para votarmos projetos, teríamos que fazer uma Sessão Extraordinária; e
ao entrarmos no período de Pauta, após teríamos que avaliar se há condições
para a Reunião Conjunta das Comissões, uma vez que a criação de cargos não
depende da Ordem do Dia por não estar em votação, Ver. Sebastião Melo, não está
em votação. A Reunião Conjunta das Comissões se fará pela urgência.
Então, Ver. Elói, eu gostaria que V. Exª,
inclusive, já fosse verificando com os Líderes a presença para as Comissões. E
convido os Srs. Vereadores e Sras Vereadoras que porventura
estiverem nos seus gabinetes, que se façam presentes, porque é importante a
Reunião Conjunta das Comissões para a urgência da criação de cargos para a
Saúde; são mais de duzentos cargos.
Eu quero esclarecer ao Ver. Mario Fraga que,
infelizmente, concordo que tenhamos que priorizar a Sessão de quarta-feira, mas
fui informada pelo Presidente da Comissão da Copa que a ida à Infraero foi
agendada para hoje; mas o Ver. Airto Ferronato prometeu que o grupo retornará
para a Casa. Então, vamos fazer a discussão de Pauta, e, se possível,
viabilizaremos a Reunião Conjunta das Comissões. Acho que é um grande serviço
que prestaremos à Cidade.
Passamos à
(05
oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 1400/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 015/11, que altera o “caput” e os §§ 1º, 2º, 3º e
4º do art. 2º da Lei nº 9.229, de 9 de outubro de 2003, modificando os
critérios para os serviços de transporte seletivo por lotação, e revoga os
arts. 11, 12 e 14 da Lei nº 9.038, de 13 de dezembro de 2002, o inc. II e o §
2º do art. 1º e o art. 4º da Lei nº 9.229, de 9 de outubro de 2003.
PROC.
Nº 1401/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 016/11, que regulariza os serviços de transporte
individual de passageiros por táxi, em face do disposto na Lei Estadual nº
9.641, de 26 de março de 1992.
PROC.
Nº 1450/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 017/11, que cria a Secretaria Especial dos
Direitos Animais (SEDA) no âmbito da Administração Centralizada do Executivo
Municipal, com o objetivo de executar políticas públicas destinadas à saúde,
proteção, defesa e bem-estar animal, e cria cargos em comissão e funções
gratificadas.
O SR. DJ
CASSIÁ (Requerimento): Srª Presidente, eu gostaria que V. Exª informasse
aos Colegas que não haverá mais a Ordem do Dia hoje, porque alguns estão
confusos. Eu gostaria que a senhora comunicasse que não existe, que foi
prejudicada a Ordem do Dia. Logo que abriu a Sessão, eu a estava presidindo, chamei
as Lideranças, comuniquei e consultei as Lideranças, que acordaram em entrar na
Ordem do Dia. Mas aqui, como se acorda, se desacorda; enfim, eu só gostaria que
a senhora comunicasse que não há mais Ordem do Dia hoje; ela foi prejudicada.
Muito obrigado.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. DJ
Cassiá tem razão. E, explicando às entidades que nos acompanham, que conhecem a
dinâmica deste Parlamento, como não tínhamos dezenove Vereadores, que são
necessários para instalarmos a Ordem do Dia para votações de projetos, de fato
não pudemos nem constituir a Ordem do Dia, e passamos para o período seguinte,
que é a discussão de Pauta.
A nossa discussão de Projetos de Lei, na qual está
incluído o Projeto do capítulo V, da área da Saúde, fica para a próxima Sessão
Ordinária, segunda-feira, dia 25 de abril, a não ser que fizéssemos uma Sessão
Extraordinária. Mas nós estamos no aguardo do retorno da Comissão de Vereadores
que foi à Infraero, que pode não ser rápido. Se eles retornarem, nós temos que
priorizar a Reunião Conjunta das Comissões, para criar os cargos na Saúde. É
tudo o mesmo tema, um tema que interessa a todos nós. Eu espero que as
entidades não fiquem decepcionadas. Eu acho importante, porque começou o debate
em plenário, todas as Comissões aprovaram o Capítulo V, o Projeto está aprovado
pelo conjunto das Comissões, e nós apenas teremos que fazer o esforço de voltar
mais uma vez. Aqui, nós seguimos o debate, e, se os senhores e as senhoras
quiserem e puderem aguardar para uma reunião no Salão Nobre, nós faremos essa
reunião assim que a Sessão se resolva. Obrigada pela compreensão.
O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra
para discutir a Pauta
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; colegas
Vereadores e Vereadoras, senhoras e senhores que nos assistem aqui, primeiro,
quero dizer que, há poucos minutos, abstive-me naquela votação, porque eu
entendia que nós tínhamos que seguir o rito normal. E, como estava oito a oito,
a Presidência é que tinha que dar a decisão. E o rito normal seria nós
entrarmos imediatamente na votação do Projeto da inclusão na Saúde. Uns minutos
antes da votação, nós tínhamos 21 Vereadores no Plenário, e nós precisávamos só
de dezenove.
A discussão da Pauta de hoje se inicia com o debate
do segundo Projeto que entra este ano sobre o tema do lotação. É o segundo,
porque, há poucos dias, entrou um Projeto de nossa autoria, que já passou pela
discussão de Pauta, que trata do tema dos lotações. Ele está lá na Comissão de
Constituição e Justiça, aguardando o Parecer
para que possamos continuar o debate. O Prefeito mandou um novo Projeto.
Acredito que a CUTHAB contribuiu e tem contribuído muito com esse debate,
porque há quatro anos temos feito o debate dos lotações, principalmente no que
diz respeito aos lotações da região Sul de Porto Alegre. A única região que não
possui o sistema de táxi-lotação é que abrange a Hípica, a Restinga, o Lami, o
Belém Novo e a Ponta Grossa. Por que essa região da Cidade tem que ser
discriminada? Aquela é a região que mais cresce em termos de desenvolvimento
urbano e em população, e os serviços públicos não têm acompanhado esse
crescimento. Esse debate foi suscitado, inclusive no diálogo com o Secretário
Cappellari.
Aqui o Ver. Sebastião
Melo fez ironia, porque o PT faz propostas construtivas, inclusive dialoga com
o Secretário Cappellari e constrói, sim, alternativas, Ver. Melo. Não é
problema para a oposição ser propositiva, portanto a sua ironia não serve para
o PT em relação ao Prefeito Fortunati, porque ele tem sido diferente do Fogaça;
ele tem recebido os Vereadores, independentemente de Partido, e dialogado com
eles. O Fogaça não recebia os Vereadores da oposição, e ele é do PMDB, do seu
Partido, Ver. Melo; o senhor sabe disso. Essa é a diferença!
Portanto, fruto desse
debate, vem para a Câmara, agora, um Projeto do Executivo que propõe reformular
o sistema de táxi-lotação. Ele apresenta quatro eixos principais: o primeiro,
permite aumentar em 10% o número dos lotações, que hoje está em 403 - é muito
bom ter lotação reserva; o segundo, determina que seja criado um consórcio,
como existe nos ônibus, por regiões da Cidade, porque também é importante haver
uma integração; o terceiro, diz que tem de haver licitação pública para novas
linhas. Mas isso é óbvio.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Comassetto, quero dizer a V. Exª
que não há lei fixando em 403 o número de lotações.
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Corretíssimo!
O Sr. João Antonio Dib: Houve uma decisão
pessoal do Secretário, que casualmente era eu, e o decreto daquele momento
estipulava 740.
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Não existe lei
que determine que tenha que ser só 403, isso todos nós sabemos. A lei que veio para a
Câmara Municipal diz que deve haver a câmara de compensação tarifária. Nós
concordamos, mas - Ver. João Antonio Dib e Ver. Elói Guimarães, os senhores já
foram Secretários de Transporte - também tem que haver a bilhetagem eletrônica,
claro, para os lotações; aqueles que pagam o Tri têm que poder usar esse
sistema também no lotação.
Esse é o debate, e o nosso Projeto é totalmente
diferente do Projeto do Executivo. Hoje pela manhã, com o Ver. Brasinha, Ver.
Elias Vidal, Ver. Paulinho e o Ver. Emerson, visitamos a sala de controle
eletrônico da Cidade, na EPTC, e o próprio Secretário disse que não tem
incompatibilidade com o Projeto que apresentamos.
O nosso Projeto é claro, cria as linhas de lotação
para a Restinga, na sua totalidade, cria outra linha de lotação para a Hípica,
independente daquela que lá está, cria uma linha de lotação para Belém Novo e
cria uma linha de lotação para os bairros Lajeado e Lami, que serão linhas
novas; e, num segundo item, modifica a lei, para que os lotações, de 21
lugares, possam ter 25, para as linhas com mais de 44 quilômetros - a linha
mais longa, hoje, em Porto Alegre, é a Guarujá, com 33 quilômetros e 900
metros. Portanto, se vai aumentar, pode aumentar mais quatro lugares, porque
isso já vem de fábrica. E é obvio que tem que ter os equipamentos para as
pessoas com deficiência, a fim de que elas sejam incluídas no sistema de
transporte.
Portanto, quero aqui dialogar com os colegas - Ver.
Brasinha, o senhor tem acompanhado esse debate na CUTHAB; Ver. Melo,
participamos, no sábado, em um evento na Hípica, justamente em função do tema
dos lotações. Nós estamos propondo aquele Projeto que já passou por esta Casa,
que, no nosso ponto de vista, é complementar ao Projeto que o Executivo
encaminha neste momento, que é um bom Projeto, mas precisamos debatê-lo com
profundidade. Temos que trazer aqui a ATL e a ATP para que possamos dialogar
com os dois sistemas. Um grande abraço, muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR.
SEBASTIÃO MELO: Srª Presidente, Verª Sofia; colegas Vereadores, a
Pauta desta tarde nos apresenta três projetos de magnitude. Um deles cria a
Secretaria Especial dos Direitos Animais; o outro diz respeito à matéria do
Ver. Comassetto, e o outro diz respeito ao transporte de passageiros de táxi.
Inicialmente, eu quero me dirigir aos meus colegas
quanto à criação da Secretaria Especial dos Direitos Animais, meu caro Ver.
Luciano Marcantônio. O Prefeito esteve aqui na quarta-feira; na quinta-feira eu
fui ao encontro do Prefeito e, depois, da Srª Regina Becker. Acho uma baita
incoerência, Ver. Dib, não estar incluída a Lei das Carroças nessa matéria,
porque, cá para nós, nós votamos essa matéria em setembro de 2008, a lei não
saiu do papel, não há nenhuma atitude sobre isso. Cria-se uma Secretaria, e a
Secretaria não trata do bem-estar também dos cavalos. É claro que a questão das
carroças não diz respeito só aos cavalos. É claro que não! Então, Ver. Luciano,
eu fiz um apelo ao Prefeito e à nossa primeira-dama para que nós pudéssemos
estabelecer um debate durante esse processo aqui na Câmara, porque eu me sinto
muito desconfortável de encaminhar esta matéria se não estiver incluído esse
tema sobre o qual a Casa já se manifestou.
Ver. Comassetto, eu não fiz ironia; eu fiz uma
constatação. Eu quero crer que o Governo, nessa matéria, Ver. Dib, abre um
debate muito importante, que tem que ter um resultado positivo para a Cidade.
Eu, sinceramente, não quero saber quais são os donos dos lotações e nem dos
ônibus; para mim isso não interessa. Eu quero saber se o sistema atinge o
interesse da população. E é verdade que o sistema de lotação é um sistema muito
bom, Ver. Mauro, mas há muitos lugares na Cidade em que querem mais lotações.
Temos que ver onde existem lotações, e os lugares em que não há lotações e as
pessoas querem. Há um desacerto no sistema, porque, cá para nós, eu não vou
“tapar o sol com peneira grossa”, pois cada cidadão que entra num lotação é um
cidadão a menos no ônibus. Não enfrentar isso, desculpem-me... Isso é real!
Então, por que não querem mais lotações? Porque o sistema de ônibus diz: “Olha,
eu vou perder clientes”. Nos lotações não tem bilhetagem eletrônica; no sistema
de ônibus, eu sei quantos passageiros andaram em um dia, numa semana e em um mês,
eu sei quantos são isentos, e, aliás, tem gente recebendo isenções nesta
Cidade, Ver. Oliboni, que não precisa! Tem gente pagando a conta para quem não
precisa receber esse benefício!
Então, é maduro criar os 10%, porque se hoje
quebrar um lotação, Ver. Brasinha, por exemplo, da linha Guerino, lá da Av.
Assis Brasil, aquele carro fica parado 3, 4, 5 dias, porque não tem reserva,
porque a lei não permite que tenha reserva! Então, isso é um avanço. Criar os
consórcios também é um avanço! Agora, isso não é tão simples. A matéria está
aqui, recém a estamos discutindo, vai ter muita polêmica sobre ela. Portanto,
quero saudar isso. Tivemos uma reunião com a Presidente, na segunda-feira, em
que representei a minha Bancada, e acho que está na hora, Presidente, de a
senhora, com a Mesa, com os Líderes, decidir o formato do debate, se será uma
audiência prolongada, se será mais de uma audiência, um seminário. Essa matéria
tem que trazer aqui o Ministério Público, tem que trazer aqui a ATP, tem que
trazer a ATL, tem que trazer o Governo do Estado - que representa a Região
Metropolitana, porque quem usa o transporte coletivo não usa só o de Porto
Alegre -, todos nós, Vereadores e Vereadoras da Grande Porto Alegre, e vamos
encontrar, nesse marco regulatório, a maneira com que vamos avançar para
melhorar a vida do povo.
Eu encerro, dizendo que está tudo errado quando os
carros ganham das pessoas em uma cidade, significa que há uma falência da
cidade. É preciso que a Câmara, com juízo, aponte um caminho para reduzir drasticamente
o uso do carro particular, mas que as pessoas possam dizer que o horário dos
ônibus são cumpridos, que há paradas de ônibus para as pessoas ficarem, que há
bicicletário, que tem modal para ligar com metrô! Aí, eu vou ter autoridade
para dizer que deixem o carro em casa. Hoje, eu não tenho autoridade, como
Vereador da Cidade, assim como o Prefeito ou o Secretário, para dizer “deixem
os seus carros”, porque o transporte deixa muito a desejar. Muito obrigado, Srª
Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. MAURO
PINHEIRO: Presidente Sofia, demais Vereadoras e Vereadores, público que nos
assiste pelo Canal 16, público das galerias, eu vou, de certa forma, na mesma
linha do Ver. Sebastião Melo, quando diz que esses são projetos importantes
para se discutir. Quanto ao lotação concorrer com o transporte coletivo, o
ônibus, eu discordo em certa parte, Ver. Sebastião Melo, porque talvez o
lotação vá concorrer com o carro particular.
Hoje, muitas pessoas, como não podem pegar o
lotação, acabam usando o seu carro particular, porque o ônibus também não teria
condições de transportar todas essas pessoas. Então, acho que é um debate
importante o do táxi-lotação, do transporte seletivo, quando nós vamos tentar,
em conjunto, buscar uma solução para a Cidade. Nós todos, quando andamos pela
Cidade, recebemos a reclamação das pessoas que gostariam de ter uma linha de
lotação, gostariam que o lotação passasse perto da sua casa.
Eu acredito que, melhorando esse tipo de
transporte, nós vamos diminuir o número de carros particulares nas ruas, até
porque o trânsito em Porto Alegre está ficando insuportável, Ver. DJ; cada vez
está pior. Talvez o Governo acerte em trazer o debate aqui para esta Câmara
Municipal, até porque já errou muito em relação ao transporte coletivo, quando
o Secretário Senna gastou muito dinheiro para debater, para pesquisar os
Portais da Cidade. Hoje, o nosso Prefeito Fortunati esqueceu os Portais, e estamos
trazendo o debate do metrô e dos BRT para a cidade de Porto Alegre - agora,
acertadamente.
Quanto ao outro Projeto, o que cria a Secretaria
Especial dos Direitos Animais (SEDA) no âmbito da Administração, eu já vejo de
uma outra forma: é importante a preocupação com os animais, é uma preocupação
importante da primeira-dama e do Prefeito, mas acho que não é o momento
oportuno para o a criação de uma Secretaria. Ver. Mario Fraga, já estamos nos
encaminhando para o final deste Governo; o Prefeito vai querer implantar uma
Secretaria que vai trazer um custo de um milhão de reais, por ano, somente com
pessoal, com a criação de CCs, com estagiários e outros cargos? Vai ser uma
despesa muito grande para um final de Governo. Nós temos de trazer esse debate quando
está se iniciando o Governo, quando o Prefeito vai colocar o seu programa. Esta
Prefeitura, este Governo já está acabando, Ver. Brasinha; já estamos entrando
na reta final. Até aprovar esse Projeto, até ele ser implementado... Até porque
não foi previsto orçamento para essa Secretaria. Qual é o orçamento? Nós vamos
criar uma despesa de quase um milhão de reais, por ano, com pessoal, e não tem
orçamento. Qual é o programa?
O próprio Ver. Sebastião Melo, que faz parte do
Governo, é da base do Governo, falou que não foi colocada a questão das
carroças no Projeto. Também o Centro de Controle de Zoonoses: vai ficar junto à
Secretaria ou não vai? É um problema, porque todas as questões da Prefeitura
que fazem parte do bem-estar animal teriam que ir para essa Secretaria, e isso
não está previsto no Projeto. É um Projeto que traz inúmeras dúvidas, com um
custo elevado, quando nós sabemos que a cidade de Porto Alegre tem inúmeros
problemas: há mais de 700 vilas irregulares, faltam creches no Município, há
falta de médicos nos postos de saúde da periferia, as pessoas têm dificuldade,
Ver. Oliboni, para conseguir uma consulta médica.
Então, nós temos graves problemas na Cidade, mas
nós não temos, infelizmente, dinheiro para resolver tudo. É importante a
preocupação do Prefeito e da primeira-dama com os animais, mas há muitas
questões que devem ser prioridade na cidade de Porto Alegre: Saúde, Educação, o
problema da falta de creches.
Portanto, não podemos criar um gasto de quase um
milhão de reais por ano, num final de Governo, quando temos muitos problemas
para resolver, Ver. Alceu Brasinha. Nós temos que resolver, primeiro, o
problema das vilas irregulares, do saneamento básico, das creches - essas são
prioridades; mais profissionais na área da Saúde, os PSFs continuam tendo
problema. E nós estamos pensando em investir numa área que não deve ser
prioridade no Município.
Vamos criar programas e projetos. Já existe uma
Coordenadoria, a Comppad, e podemos incrementá-la, colocar esse investimento
que seria gasto com pessoal na Secretaria, em projetos e programas. Tenho
certeza de que isso vai trazer muito mais benefício para a nossa Cidade, para
os animais, do que ficar investindo numa Secretaria sem necessidade. Se
Secretaria resolvesse o problema, nós não teríamos problema na acessibilidade e
na juventude na cidade de Porto Alegre.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Luciano Marcantônio está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. LUCIANO MARCÂNTONIO: Srª
Presidente, Verª Sofia Cavedon; colegas Vereadores, cidadãos, cidadãs presentes
na Câmara de Vereadores, quero aproveitar a oportunidade, no Tempo de
Liderança, para me manifestar sobre dois assuntos que se convergem, quais
sejam: a questão da Secretaria Especial dos Direitos Animais e a questão do
Projeto de Lei, importante, do grande Ver. Sebastião Melo, que visa à redução
gradativa dos veículos de tração animal e dos veículos de tração humana, que
trata dos carroceiros e dos carrinheiros.
Quando o Prefeito Fortunati assumiu, há pouco mais de um ano, ele chamou o Secretário Busatto - na ocasião, eu tive a honra de ser o Secretário Adjunto de Coordenação Política e Governança Local -, e o Prefeito colocou, com muita clareza e firmeza, que a questão da absorção dos carroceiros e carrinheiros em alternativas de renda, e também a proteção aos animais deve ser tratada como prioridade pela Secretaria de Governança; isso em abril de 2010.
A partir daí, a
Secretaria de Governança começou a reforçar um trabalho que já vinha sendo
feito no Governo Fogaça, e partimos para uma construção através de diálogo com
as lideranças dos carroceiros e carrinheiros, para avançarmos conjuntamente e
finalmente termos a solução dessa situação, que tem o prazo até 2016. Mas é
preciso, desde já, termos políticas sérias, concretas, para começar a avançar
até atingir o resultado total, em 2016.
A primeira grande conquista, Ver. Sebastião Melo -
o senhor que é parceiro dessa construção, e protagonista desse Projeto
importante para Porto Alegre, que visa ao desenvolvimento com inclusão social
-, foi a adesão das lideranças dos carroceiros e carrinheiros. E a partir daí,
então, nós conseguimos construir uma Resolução que foi publicada no Diário
Oficial, pela EPTC, em conjunto com inúmeras Secretarias que formam o comitê
executivo dos carroceiros e carrinheiros, que já delimitou, a partir de
2013 até 2016, quais serão as áreas que vão ter proibido o tráfego de carroças
e carrinhos - inicia em 2013, o primeiro ano, e conclui em 2016. Isso está
delimitado, por Resolução, e esse quadro é irreversível; os carroceiros estão
sabendo e estão sendo parte da construção das alternativas de renda.
Também
foi licitada e contratada uma empresa que vai fazer o cadastramento de todos os
carroceiros, carrinheiros, cavalos - irá fazer a “chipagem” dos cavalos -, e
dos moradores de áreas irregulares das ilhas. Então, finalmente, em quatro
meses, nós vamos saber exatamente quantos cavalos, carroceiros e carrinheiros
existem nas ilhas; qual a situação socioeconômica de cada família e qual a
alternativa de renda que essas famílias priorizam. Vamos ter um diagnóstico
claro e oficial para trabalhar políticas públicas que criem alternativas de
renda para não termos problemas de exclusão. A questão não é simplesmente
retirar de Porto Alegre a carroça, o carrinho, mas temos de tratar também o
animal, o que é uma questão muito importante. A EPTC, a primeira-dama, Regina,
e a Comppad, que é a Coordenadoria Multidisciplinar de Políticas Públicas para
Animais Domésticos, estão tratando com muita qualidade e competência esses
animais no abrigo aos cavalos que sofrem maus-tratos, e as doações têm
funcionado muito. Nós não temos tido problema nenhum com local para guardar
esses cavalos recolhidos e também com o destino que está sendo dado a eles,
tudo é muito rápido e muito ágil.
Em
maio, estaremos inaugurando a unidade de triagem da Rua Frederico Mentz, que
vai absorver carroceiros das ilhas e do bairro Farrapos; a unidade vai ter um
comitê gestor coordenado pelos carroceiros. O Ver. Sebastião Melo nos dará a
honra de estar lá presente nesse dia tão importante, na inauguração de uma
unidade-modelo de triagem na absorção de carroceiros e carrinheiros, que será
gerida em conjunto pelo Governo, carroceiros e entidades conveniadas. É assim
que se faz política de forma concreta, é assim que se respeitam as leis. E a
Lei do Ver. Sebastião Melo, importantíssima, é respeitada pelo Prefeito
Fortunati, está sendo trabalhada com força e com responsabilidade, e será
cumprida, não só por ser uma Lei, mas porque é o anseio da maioria absoluta dos
cidadãos porto-alegrenses. Os porto-alegrenses querem resolver a questão dos
carroceiros, dos carrinheiros, dos maus-tratos aos animais, e também querem
garantir o desenvolvimento, porque o nosso trânsito já tem muitos problemas
para ainda ter carrinhos e carroças circulando por aí.
Essa Secretaria Especial dos Direitos Animais, que
foi construída em função do apelo dos movimentos sociais, das organizações não
governamentais e principalmente da sociedade, que se sente refém, sente-se
excluída da solução da defesa do bem-estar animal e não vê política pública
para isso, essa Secretaria, Ver. Sebastião Melo, vem reforçar a questão da
redução gradativa do carroceiro e do carrinheiro. Essa Secretaria é
importantíssima para nós, finalmente, termos uma política séria e concreta em
defesa do animal, e que traga resultados. Por isso, carroceiro e Secretaria de
Defesa do Animal são ações que vão se somar e todas vão ao encontro do grande
sonho que nós temos em Porto Alegre, que é dar uma vida saudável para o
carroceiro e carrinheiro, e também para os animais. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. ALDACIR
JOSÉ OLIBONI: Nobre Verª Sofia Cavedon, colegas
Vereadores, colegas Vereadoras e público que acompanha a nossa Sessão no dia de
hoje, primeiro, eu queria fazer um agradecimento. Chegou um e-mail para todos os Vereadores no qual
o José Ronaldo Leite Silva, 1º Tesoureiro do Centro de Reabilitação São João
Batista, diz o seguinte: (Lê.): “O Centro de Reabilitação São João Batista,
entidade filantrópica sem fins lucrativos, que atua na habilitação e
reabilitação de pessoas com deficiência, há 72 anos, solidariza-se com todas as
entidades que atuam da mesma forma e solicita o seu apoio votando
favoravelmente, nesta data, a matéria que cria a Seção IV no Código Municipal
de Saúde e possibilita a interação com a saúde das pessoas com deficiência”.
Acho muito interessante, porque são entidades que começam a se manifestar - e
já falo sobre os Projetos em Pauta, Ver. João Antonio Dib - sobre o Projeto que
até então era para ser votado hoje, mas que tem, de certa forma, essa
transversalidade de apoio. Percebe-se, claramente, a importância de termos uma
política de saúde para os PcDs em Porto Alegre, coisa que ainda não temos,
porque, na verdade, não é só a área dos PcDs que nos chama atenção para isso,
mas também entidades que dialogam e trabalham com a temática.
Por outro lado, também quero fazer um
esclarecimento, Ver. João Antonio Dib, porque o grande Ver. Sebastião Melo veio
aqui e fez uma certa ironia, e nós não podemos deixar passar, porque dá a
impressão, quando ele diz que o Ver. Aldacir José Oliboni é “Vice-Líder do
Governo na área da Saúde”, que passou em branco um Projeto de Lei que há horas
está aqui na Casa. Faz mais de 40 dias que este Vereador pediu urgência na
matéria, mas, infelizmente, a Reunião Conjunta das Comissões não se realizou. E
o Secretário da Saúde quer resolver o problema do Hospital Presidente Vargas,
quer ter a possibilidade da abertura dos cargos - e essa é uma das atribuições
desta Câmara -, para poder implementar o concurso público ou a prova seletiva e
suprir as vagas dos funcionários da Fugast que saíram. Inclusive, o Governo do
Estado, numa atitude louvável, está fazendo a rescisão e pagando os recursos.
Quem deveria fazer isto era a Fugast, e não fez, e quem vai pagar, na verdade,
será o Governo do Estado, por meio de um projeto de lei. Eu parabenizo o
Governo do Estado por essa iniciativa, por essa boa atitude solidária em
relação aos trabalhadores da Fugast que saíram.
Nós temos aqui projetos de lei em Pauta, dentre
eles um que trata da questão do transporte por lotações em Porto Alegre, e
outro que trata sobre a criação da Secretaria Especial dos Direitos Animais. Eu
apenas queria dar uma pequena sugestão para o Governo. Eu sei que este Projeto
sobre a criação da Secretaria está chegando à Casa, ele ainda está em 1ª Sessão de Pauta, há muita água para rolar, há muitas
emendas, possivelmente, a serem apresentadas, mas é inadmissível que o Centro
de Controle de Zoonoses, o canil da Lomba do Pinheiro, não esteja agregado a
essa Secretaria. Possivelmente, muitas emendas serão apresentadas, até porque
todos nós sabemos que o ideal seria, sim, que essa coordenadoria a ser criada
assumisse esse papel. Mas quando uma Secretaria não tem verba destinada na Peça
Orçamentária, ou quando não tem política de bem-estar dos animais, é evidente
que a situação fica para as entidades que hoje tratam do tema em Porto Alegre.
Portanto, temos que fazer uma grande
discussão, e acho que cabe uma Audiência Pública para ouvirmos todos os
segmentos da sociedade para tentarmos melhorar muito o Projeto. Senão ele não
se justifica, porque a criação de CCs e de uma Secretaria sem estrutura, sem
recursos, como é a Secretaria de Acessibilidade e tantas outras, não terá
resultado concreto na sociedade. Acho que é preciso melhorar muito essa
Secretaria, criar condições de fazer a política acontecer e fazer com que a
Cidade se orgulhe das coisas que aqui acontecem, porque muitas delas,
realmente, são para acomodar alguns amigos e companheiros, e isso nós não
podemos permitir. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE
(Sofia Cavedon): O Ver. Emerson Dutra está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. EMERSON
DUTRA: Saúdo a Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; as Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, o público que nos assiste e os funcionários da
Câmara; dou-me a liberdade de falar sobre transporte, porque faz 25 anos que
trabalho no transporte.
Quero dizer que hoje Porto Alegre tem um transporte
coletivo por consórcios, que são os trabalhadores, e as empresas têm investido
muito em qualidade de trabalho. Tanto a STS, como a Conorte e a Unibus, esses
trabalhadores têm prestado um ótimo serviço para a população.
Nós temos um problema sério que hoje Porto Alegre
enfrenta, que é o crescimento dos bairros e vilas, e os horários do transporte
coletivo são os mesmos de 15 a 18 anos atrás. As comunidades aumentam, o número
de passageiros aumenta nas comunidades, e quem pega ônibus é aquele pessoal
mais pobre, que realmente vai para o trabalho de manhã, os colegiais, e essas
pessoas ainda dependem muito do ônibus; são as mais pobres. Nos horários de
pico, a cada dia que passa, os ônibus andam mais lotados, tanto é que, há
poucos dias, nós vimos um movimento na Lomba do Pinheiro em que a comunidade se
levantou contra os horários, porque os ônibus andam muito lotados.
Vejo uma dificuldade muito grande em Porto Alegre,
e não vejo um mecanismo para melhorar o transporte. Do jeito que está, da forma
como é, não tem como melhorar o transporte. Eu não vejo esta Casa criar um
mecanismo para melhorar o transporte das pessoas que mais precisam, que são os
trabalhadores.
Não vejo também um ir e vir dos trabalhadores. Hoje
temos as vilas Wenceslau, Timbaúva e Protásio Alves, que não têm uma linha de
ônibus que vá até o Centro. É uma coisa triste de se falar que, numa Cidade como
Porto Alegre, numa Cidade que é referência em muitas coisas, como todos nós
sabemos, as pessoas tenham que pegar uma alimentadora, descer no final da
linha, e esperar um outro ônibus para ir até o Centro. Esta é a realidade de
Porto Alegre hoje; isto é o que acontece, e quero dizer para todos que Porto
Alegre não merece isso. Tenho certeza de que as pessoas que votaram nos Srs.
Vereadores querem uma resposta, e essa resposta tem que vir por esta Casa,
porque esta Casa tem credibilidade. O povo votou nos Vereadores, como votou em
mim - eu me enquadro neles -, mas digo: nós temos que fazer mais por Porto
Alegre.
Os lotações eu vejo como uma forma de melhorar o
transporte coletivo de Porto Alegre; nós temos bairros que realmente precisam
de uma segunda opção. Mas mais importante ainda é que o transporte coletivo em
Porto Alegre tem que ter mais linhas de ônibus. Nós temos que fazer uma
revolução nos horários, porque os horários são os mesmos de 15, 18 anos atrás,
e nós temos que mudar isso.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. ALCEU
BRASINHA: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, primeiramente, eu
gostaria de dar uma resposta para o Ver. Comassetto. Ele falou que nunca era
recebido pelo Prefeito José Fogaça. Quantas vezes o Prefeito Fogaça recebeu o
Comassetto, quantas vezes! Até foto abraçado com o Prefeito o Comassetto tirou!
O Ver. Comassetto está sendo injusto. Só porque o Fogaça não está trabalhando
mais, não é mais o Prefeito da Cidade? V. Exª está sendo injusto! A gente não
pode esquecer aquelas pessoas que foram leais conosco, e ele vem fazer esse
comentário injusto com o Prefeito Fogaça!
Eu também quero um transporte com qualidade, sim,
com certeza, para a população que mais precisa, mas tenho certeza absoluta que,
no setor de transporte por ônibus, nós temos o transporte mais qualificado do
Brasil. Não tem transporte tão adequado como o de Porto Alegre, Ver. Thiago
Duarte. Não tem! Nem lá em Curitiba, que as pessoas citavam como exemplo, como
referência, que o melhor transporte era o de Curitiba. Olha, eu já estive
várias vezes em Curitiba, andei de transporte coletivo, e confesso que quando
saio de Porto Alegre, ando de ônibus em outras cidades, eu tenho saudades de
Porto Alegre, porque Porto Alegre oferece o melhor transporte, a melhor
qualidade, e uma melhor fiscalização, que é feita pela EPTC.
O Sr. Luiz
Braz: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Alceu
Brasinha, eu acho que o Ver. Comassetto estava tão emocionado quando estava
abraçando o Prefeito Fogaça, que ele esqueceu; a emoção fez com que ele
esquecesse.
O SR. ALCEU
BRASINHA: É verdade. Aliás, ele foi recebido várias vezes, inclusive foi recebido
até no camarote do carnaval. Será que ele esqueceu?
Voltando ao tema do transporte, Ver. Mario Fraga,
eu quero debater o assunto dos lotações. Claro que lotações são importantes na
Cidade, é bom, mas só que temos que colocar um limite quanto ao tamanho dos
lotações. Os lotações começaram com a Kombi, veio crescendo, Ver. Dib, e está
quase do tamanho de um ônibus. Daqui um pouco vai ter lotações competindo com
os ônibus de linha. Eu acho que temos que fazer uma lei, fixando o tamanho dos
lotações.
O Sr. Mario
Fraga: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador, eu quero
elogiar o seu discurso, elogiar o Governo Fortunati, que apresentou o Projeto;
e o outro Governo, que ficou 16 anos no Poder, não apresentou nenhum Projeto
desses. E nós, da comunidade do Extremo-Sul, junto com o Ver. Comassetto e com
outros Vereadores, agora estamos chegando perto de ter o lotação para Belém
Novo e para a Restinga. Muito obrigado.
O SR. ALCEU
BRASINHA: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; aproveito que o Ver. Comassetto chegou,
porque eu não gosto de falar quando as pessoas não estão presentes. Vereador, o
senhor esqueceu quando foi recebido pelo Prefeito Fogaça, várias vezes. O
senhor falou que nunca foi recebido pelo Prefeito; então, quero dizer-lhe que o
senhor foi recebido junto comigo, e em outras oportunidades o senhor foi
recebido sozinho, e mesmo assim o senhor vem fazer um comentário estranho
quanto ao Prefeito Fogaça. O senhor sabe que o Prefeito Fogaça foi bom nesta
Cidade; o senhor sabe que ele recuperou as finanças; o senhor sabe que vocês
deixaram esta Cidade literalmente quebrada, não tinha nem talão de cheque.
O Sr.
Engenheiro Comassetto: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Brasinha, eu não vou debater este
tema com o senhor, porque são opiniões diferentes e
realidades diferentes que nós vivemos; se o senhor era recebido a todo o
momento, nós, da oposição, fomos a pau e carestia, e retribuímos à altura.
O SR. ALCEU BRASINHA: Obrigado, Vereador.
Ver. Comassetto, voltando agora a falar no Prefeito Fortunati, que apresenta
este Projeto que cria a Secretaria Especial dos Direitos Animais, quero dizer
que é importante para a saúde, porque onde tem um animal abandonado, dali pode
vir uma doença para nós, e o Prefeito está pensando em saúde neste momento.
Quando ele manda este Projeto para a Câmara para ser debatido, ele está
simplesmente pensando na saúde, e certamente vamos aprovar este Projeto, porque
é importante para a Cidade, como é importante nós cuidarmos do gatinho, do
cachorro, do cavalo, enfim, isso, sim, é direito dos animais. Eu votarei com o
Prefeito Fortunati, com certeza.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Cumprida a
discussão de Pauta, está encerrada a presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão
às 16h10min.)
* * * * *